12.10.10

Estrada - reflita

Se afinal não interessa saber quem realmente sou, resta-me saber para onde vou? E o que sou se não um grão de areia no vasto mar azul, apenas uma pequena parte do nada que é isso tudo.

E a solidão destas paredes frias e cheirando mofo trazem a lembrança de momentos de feliz solidão na cidade cinza.
Cidade que não para assim como eu, cidade que chora e que ninguém vê, cidade que deixou de sonhar.

Mais e por que tentar saber quem sou eu, se na verdade não quero saber.

Quero nascer e morrer todos os dias, sorrir e chorar se preciso for, e quando eu partir para a cidade colorida que você esteja ao meu lado.

Seguindo os trilhos desajustados desta peça teatral o palco é a vida e que haja esperança no coração de todos aqueles que ainda conseguem sonhar, e que o mundo torne-se melhor nos seus sonhos, pois só assim seus filhos e netos colherão os frutos desta semente semeada hoje.

E por que saber para onde ir se o mundo guia os meus passos, e cada dia que passa é um novo caminho nesta estrada.

Estrada que trilho sozinho, rompendo limites e desbravando caminhos desconhecidos por meros mortais, estrada que cega, que me afoga que me beija e que me dá prazer, estrada que termina-ra apenas quando eu cessar e minhas pernas não quiserem mais me obedecer, e o juízo que me cerca e me preenche de dúvidas desapareça para todo o sempre, onde enfim descansarei na cidade colorida e lembraremos de tudo com sorrisos e lágrimas, onde enfim saberemos quem somos nós.



M.Morandi

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